sexta-feira, 21 de novembro de 2008
A arte de se relacionar...
Joana começa a rolar na cama e percebe que irá demorar muito pra dormir.
Jo deita e olha pra mesinha, que estava cheia de livros. Pega um deles e começa a lê-lo.
"Nossa!! Realmente o livro caiu como uma luva..."
O assunto era sobre relacionamento e ela mergulha nas palavras.
Lê o tópico: "A arte de dar e receber na mesma medida".
"É algo tão difícil de ser ver: um casal que tenha equilíbrio nessa arte. Precisam ser artistas, ou melhor, malabaristas, contorcionistas..." E ria sozinha enquanto os demais dormiam. Ou quem sabe sonhavam...
Passou pro próximo capítulo enquanto comia cada sílaba do livro: "O relacionamento livre de amarras".
"Xiiii..aí piorou..."
Lia e deglutia o assunto: "os parceiros podem se ver como donos. Às vezes os dois, em momentos diferentes."
E continua: "Vivemos em uma prisão emocional. A dificuldade de nos soltarmos vem do sentimento de vazio e temos medo de perder novamente. Esses sentimentos de vazio e de perda, na verdade, são ilusão, fruto de traumas passados. Para nos livrarmos disso temos que nos preencher de atitude de liberdade. Temos que libertar o outro, mesmo com o risco de perdê-lo."
Jo viaja em pensamentos. Cada palavra do livro tenta adequar à sua realidade.
Percebe que tem seus erros, tem suas inseguranças e seus medos.
O medo nos fecha numa prisão interna. Vivemos num mundo com grades transparentes ou camufladas. Pensamos ver o amanhecer de cada dia, mas na verdade, apenas vemos parte desse começo de dia lindo.
"Como nos livramos disso? Como mudar e rápido?"
Em certos relacionamentos há a necessidade de ambos melhorarem e se adequarem. Na verdade temos que lembrar que são duas pessoas, com cultura, pensamentos, crenças, hábitos e experiências diferentes que passam a conviver juntas.
"Porque duas pessoas diferentes decidem ficar juntas? E se elas estão juntas, mas sempre têm "choques" estressantes?"
De vez em quando vemos pessoas que nitidamente não combinam e não terão um futuro harmonioso, mas que continuam entre trancos e barrancos durante anos.
"Porque as pessoas fazem isso com elas mesmas? Sofrem em nome do amor?"
Joana percebe que não está mais lendo o livro, mas divagando.
Olha o relógio e nota que entre ler o livro e navegar em pensamentos já passaram horas e horas.
"Meu Deus. Se eu fosse paga pra pensar tanto...seria bilionária. Eu tenho é que dormir. Amanhã é que será a labuta real de todo dia. E haja coragem pra isso."
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Olha...concordo que os relacionamentos dão o que falar, né?
ResponderExcluirO que tem de coisa escrita sobre isso.
Beijão